Caminhas, na Terra, experimentando carência afetiva e aflição, que acreditas não ter como superar. Sorris, e tens a impressão de que é um esgar que te sulca a face. Anelas por afetos e constatas que a ninguém inspiras amor, atormentando-te, não poucas vezes, e resvalando na melancolia injustificável. Planejas a felicidade e lutas por consegui-la, todavia, descobres-te a sós, carpindo rude angústia interior. Gostarias de um lar em festa, abençoado por filhos ditosos, e um amor dedicado que te coroassem a existência com os louros da felicidade. Sofres e consideras-te desditoso. Ignoras, no entanto, o que se passa com os outros, aqueles que se te apresentam felizes, que desfilam nos carros do aparente triunfo, sorridentes e engalanados. Também eles experimentam necessidades urgentes, em outras áreas, não menos afligentes que as tuas. Se os pudesses auscultar, perceberias como te invejam alguns daqueles cuja felicidade cobiças... A vida, na Terra, é feita de muitos paradoxos. E is
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